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segunda-feira, outubro 16

:: Adormecidas nada belas

Acabei de relatar uma aventura que vivi em Jacarecica graças ao sono profundo que levou a mim e minha amiga Letícia ao bairro mais perigoso de Maceió. Pois, devo confessar que meus problemas com sono profundo não páram por aí: SIM! EU DORMI DE BRASÍLIA A BELO HORIZONTE E MESMO ASSIM PASSEI DO PONTO FINAL DO ÔNIBUS! Terrível. Segue o relato da saga na íntegra dos fatos.

20h30: Embarque em Brasília. Ônibus dá a largada e começa a seguir viagem. Falo com minha mãe no telefone e aviso que estou partindo para BH.
20h40: Moça do lanche termina de entregar os pacotes com batatinhas e bolinho do Shereck.
20h45: Moço sentado ao meu lado puxa uma conversa. Tentando ser simpática, mexo com a cabeça e falo "hum" para concordar com tudo que ele fala!
20h55: Termino meu lanche.
20h56: Viro para o lado e durmo profundamente.

A partir deste instante tudo é uma incógnita uma vez que não lembro sequer de ter sonhado com alguma coisa. Acho que devo ter, inclusive, permanecido na mesma posição durante toda a viagem.

4h20: Único momento de vaga lembrança. Olho para o relógio. Rapidamente percebo que o ônibus está em movimento e os passageiros estão todos lá. Inicio novamente o processo de sono profundo.

Novo vácuo de memória! Tudo é breu. Segundo relato posterior do motorista o ônibus iniciou desembarque no Terminal JK às 6h30.

7h35: Acordo atordoada! NOTEM. 11 HORAS DEPOIS! Pânico! O ônibus está caminhando mas as pessoas não estão mais dentro dele! Estou sozinha e em movimento.
7h36: Para completar o cenário de desespero, uma lente salta do meu olho. Agora estou esquecida em um ônibus em movimento e cega de um olho.
7h45: Consigo recuperar a lente e colocá-la de volta. Tomo uma atitude definitiva: vou avisar o motorista que a passageira 39 ainda está presente.
7h46: Dou o aviso ao co-piloto. Assustado ele se dirige ao motorista. Segue o diálogo na íntegra.

(passageira adormecida): Oi! Moço! (achei que só tinha o motorista no local)
(co-piloto) - olho arregalado
(passageira adormecida): Fui deixada aqui, moço. Me esqueceram.
(co-piloto para motorista): Tem uma moça aqui dentro.
(motorista para co-piloto): SÉRIO!!!!!!!
(passageira adormecida): Sério, moço! Eu estava dormindo! (começo a rir de nervoso).

Neste momento o motorista pára o ônibus do nada. Já estávamos para lá de Marraqueche (vulgo para lá de Contagem quase em Betim)! Eu, lógico, entrei em pânico e o motorista disse que não iriam me abondonar ali! O motorista então dá meia volta e vamos atrás de um ponto de táxi. Uns vinte minutos depois da meia volta chegamos ao Itaú Power Shopping onde discretamente o motorista acionou a buzina daquele ônibus 747.

Com a singela buzina, toda a frota de taxistas olhou para o local onde eu estava com o co-piloto e o motorista. Todos acenando loucamente e apontando para a pequena mala que estava na minha mão.

Atordoado, um taxista chegou ao local do resgate. Então, acenei para motorista e co-piloto e segui para a rodoviária de BH onde meu pai já estava me esperando e ligando para minha mãe dizendo que eu não tinha aparecido ainda! Pouco alarmada, minha mãe já estava achando que eu estava trancada na garagem do ônibus! Mas eu vou contar uma coisa: FOI QUASE!!!

1 Comments:

At 11:21 PM, Blogger Fred Neumann said...

Oi, Grazi,

Tô rindo aqui das desventuras, obviamente porque não aconteceu comigo.E a história é engraçada mesmo, confesse!
Primeira vez que venho aqui, e já garanti uma risada depois da meia-noite!

Bom Domingo pra você,

Fred

 

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